quinta-feira, 5 de março de 2009

36° à madrugada



Suor. Me viro para um lado, para o outro mas os pingos são constantes. Suor intenso. Não dá para ficar deitada. Tenho que fazer algo, mas o cansaço me toma e não tenho forças para levantar. De repente, estou imersa em um mar quente, cheio de pessoas ao redor, quase sem ondas. O mar é amarelo. Rio quente. Correnteza forte leva algumas pessoas. Mais suor.
Abro a porta, mas o vento não passa.
Agora estou dividindo o palco com Ivete Sangalo. Somos amigas e sou uma das suas dançarinas. Muito suor. O sangue ferve, a pressão aumenta, o coração acelera.
O relógio marca que ainda é de madrugada. Não há mais espaço seco na cama. Cheiro salgado. Boca seca, único lugar seco num corpo todo molhado, salgado.
Será que voltei para o meu quarto do passado? Aquele quarto quente, na terra do sol. Preciso urgente de um ventilador.

“Não há mais ventiladores na cidade de São Paulo.”
"As queixas dos comerciantes em relação às vendas em período de crise econômica mundial já viraram algo comum. Mas, nos últimos dias, um produto específico tem feito a alegria dos vendedores de uma área de comércio popular na Zona Sul da capital paulista. O calor intenso verificado desde domingo (1°) na cidade, quando foi registrada temperatura de 34°C (a maior dos últimos 66 anos), aqueceu também as vendas de ventiladores na região da Praça da Árvore, na Zona Sul. " (fonte: http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1025688-5605,00-CALOR+FAZ+VENTILADOR+VIRAR+ARTIGO+RARO+NO+COMERCIO+DE+SP.html )
E depois dizem que só faz calor no nordeste. Lá pelo menos tem vento e não esse sopro do cão.

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